A advogada também explicou o motivo de não ir na CPI
Durante o depoimento de Rico Melquiades para a CPI das Bets nesta quarta-feira, dia 14, o nome de Deolane Bezerra acabou sendo citado por um dos senadores que estavam presentes no Senado.
Após ver que o seu nome foi citado, Deolane se pronunciou em suas redes sociais e desabafou, afirmando que está sendo alvo de perseguição: "Sabe o que mais me tranquiliza? É saber que vocês aí do outro lado não são bobos. É nítida a perseguição. Como é mais fácil bater em uma mulher sozinha, uma mulher que veio do Nordeste, da favela, uma mãe solo que não tem irmãos homens, não tem políticos amigos, não é casada, não tem um homem por trás para defender ou dar uma palavra. É muito fácil bater na Deolane. Só que eu tenho o povo, e acima disso eu tenho Deus, que não dorme e me vigia."
Ela também explicou o motivo de não ir na CPI: "Eu queria que vocês soubessem que eu não fui nessa CPI porque eu ganhei o salvo-conduto, o direito de não ir. Eu ganhei. Todos que estão indo, ou que foram, tentaram o mesmo pedido que eu e não conseguiram. Por quê? Porque eles não são investigados em um processo similar, como eu sou. Eu sou apenas investigada, porque denúncia ainda não tem. O processo em Recife parou, não tem mais nada, e tudo continua do jeito que está."
E continuou: "Agora em setembro vai fazer um ano que eu sou julgada, massacrada, xingada todos os dias, e nada foi provado contra mim. Eu, minhas irmãs e minha mãe lutamos muito para sermos o que somos. Estou cansada de um processo que não anda, estou cansada das minhas coisas presas, de ser xingada o tempo todo de bandida, sendo que eu só faço o que todo mundo faz. E só eu não posso crescer na vida. Por quê? Porque eu venho de uma profissão onde eu advogava para as pessoas, cumpria a lei. Por que eu não posso ter o que eu tenho, se todo mundo pode e ninguém desconfia?"
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No final do desabafo, ela deixou claro que não quis se fazer de vítima: "Gente, eu não tenho tom para vítima. Os escolhidos são perseguidos, essa é a minha frase desde jovem. Eu não aguento mais ser chamada de bandida."
Vale pontuar que além de Rico Melquiades, Virginia Fonseca também prestou seu depoimento na CPI.
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