A campanha Nossa Saúde Mental, lançada pelo Diário há 15 dias, busca ampliar o atendimento a pacientes diagnosticados com distúrbios psíquicos na região. Embora todos os 13 parlamentares com base nas sete cidades – dez estaduais e três federais – declarem colocar os interesses locais no topo de suas agendas, a prática, até agora, desmente o discurso. Apenas dois demonstraram alinhamento à iniciativa: Alex Manente (Cidadania), ao comprometer R$ 18,5 milhões de emendas federais a um complexo regional, e Rômulo Fernandes (PT), que sinalizou apoio, mas ainda não formalizou ações concretas. Os demais mantêm silêncio, prática que merece ser acompanhada de perto pela sociedade.
Omitir-se diante de tema de tamanha relevância revela distância entre a palavra e a ação dos representantes do Grande ABC. A negligência com a saúde mental cobra preço alto não só para os pacientes, mas para toda a sociedade. Assim, é fundamental que os deputados estaduais e federais que possuem domicílio eleitoral ou atuam nas sete cidades manifestem seu comprometimento. A adesão à campanha encabeçada pelo jornal deve se traduzir em projetos de lei, destinação de recursos e políticas públicas que garantam a expansão e o fortalecimento da rede de atendimento. Ignorar essa demanda legítima significa virar as costas para milhões de eleitores que aguardam soluções para problema gravíssimo.
O cidadão, atento ao comportamento dos parlamentares, deve registrar em sua memória quem se posicionou e quem permaneceu inerte. Haverá o momento certo de dar a resposta a quem se manteve alheio. Em outubro de 2026, o momento de escolha nas urnas permitirá avaliar quem realmente defende as necessidades da região e quem apenas aparece em tempos de campanha. A saúde mental exige respostas rápidas, sem espaço para discursos vazios. Aos deputados, fica a convocação: envolvam-se de verdade com a causa. Aos eleitores, cabe a responsabilidade de cobrar, acompanhar e decidir, conscientes de que o silêncio de hoje pode – e deve – ter consequência no voto de amanhã.
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