Em São Caetano, a sessão da Câmara de ontem ficou marcada não por projetos de relevância, mas por assuntos pessoais levados a plenário. Dos seis itens da ordem do dia, quatro tinham parecer de inconstitucionalidade e dois eram moções de repúdio.

Edison Parra (Podemos) usou a tribuna para criticar o governista Jander Lira (PSB), que em entrevista a podcast do ABC em OFF, chamou os opositores de “feiticeiros”, complementando que só “sabem bater e que não fazem nada”.

“É revoltante, ultrajante”, queixou-se Parra, ao discorrer sobre o significado da palavra feiticeiro, de acordo com os dicionários da Língua Portuguesa. O parlamentar foi além e trouxe a discussão para o contexto religioso.

Segundo o podemista, Lira o mandou para o quinto dos infernos. “Em Apocalipse, capítulo 21, versículo 8, diz que o lugar dos praticantes de feitiçaria será no lago que arde em fogo e enxofre, disse. Parra completou, dizendo que mesmo sendo oposição trouxe resultados.

Na entrevista, Lira disse que a base vai direto no secretário, mostra a situação e cobra o resultado. “A base age como médico que resolve, diferente do feiticeiro da oposição que promete o que não vai entregar”, pontuou.

Ao Diário, Lira se justificou: “Não falei em uma missa ou culto. Disse no sentido da oposição vender ilusão.”