Contratada pelo Corinthians para prestar consultoria especializada à gestão de Augusto Melo, a Alvarez & Marsal (A&M) deixou de trabalhar com o clube nesta quarta-feira, quando foi firmada uma rescisão em comum acordo entre as partes. Conforme apurado pelo Estadão, a empresa não tinha mais voz no dia a dia do Parque São Jorge e se dedicava apenas a funções operacionais.
Em nota oficial, o Corinthians diz que a rescisão foi motivada por uma "reestruturação interna com foco na otimização de custos" e que não haverá prejuízo técnico na administração.
"O clube conta atualmente com uma equipe financeira qualificada, que dará continuidade ao trabalho desenvolvido em conjunto com a consultoria nos últimos meses, assegurando a continuidade das iniciativas de governança e responsabilidade financeira", diz a nota.
As conversas para encerrar a parceria já corriam há alguns meses. A A&M foi levada ao Parque São Jorge em julho do ano passado, como parte do acordo para ter Fred Luz, diretor da empresa, como CEO do clube.
Em dezembro, Luz entregou o cargo e continuou trabalhando para a diretoria alvinegra apenas como consultor, mas desde fevereiro já não frequentava mais o Parque São Jorge.
Um dos fatores que influenciou a consultoria a buscar o encerramento da parceria foi o pedido de demissão de Pedro Silveira, que deixou o cargo de diretor financeiro do Corinthians no sábado, 26, por motivos de saúde.
Foi Silveira quem convenceu Fred Luz, que já vinha amadurecendo a ideia de romper completamente com o clube, a dar sequência ao trabalho. Nos últimos meses, André Lavieri, executivo da A&M, era o nome destacado para trabalhar junto de Silveira no departamento financeiro alvinegro, mas vinha tratando apenas da parte operacional.
O Corinthians vive um caos político que se intensificou na segunda-feira, quando as contas de Augusto Melo foram reprovadas pelo Conselho Deliberativo. Segundo o estatuto do clube, a reprovação é motivo para um novo pedido de impeachment.
Em ebulição desde o início da gestão de Melo, o clube vive mudanças internas a todo momento, não à toa 15 dirigentes deixaram seus cargos em 15 meses. O último deles foi o diretor de marketing Vinícius Manfredi, demitido na terça-feira.
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