Veras: entre a comédia e o drama

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Marcela Munhoz

Dentista é dentista. Advogado é advogado. Médico é médico. Ator também é ator, mas com um adendo: em cada papel tem a oportunidade de dar saltos olímpicos entre um tipo de emoção e outro, consegue ser diferentes pessoas durante toda a trajetória profissional. É isso, na verdade, o que move muitos deles. Marcos Veras, 37 anos, é exemplar típico da espécie. Conhecido especialmente pelas atuações na comédia, o carioca topa – e ama – fazer outros tipos de papel.

“Adoro comédia e drama. Venho do humor, mas sou formado ator. E como profissional posso ser comediante, dramático ou apresentar programa (um de seus sonhos profissionais). Ainda assim, a comédia costuma me acompanhar nos trabalhos, mesmo nos mais sérios. Cada projeto exige uma preparação, o que mais gosto é passear por todos eles. E venho tendo boas oportunidades para mostrar isso”, conta com exclusividade ao Diário.

Um dos grandes trabalhos em que teve a chance de mostrar o lado dramático foi o filme O Filho Eterno (2017), em que interpreta o pai de uma criança com síndrome de Down. “Foi experiência que vou levar para o resto da vida. Esse trabalho me ensinou muitas coisas. Minha visão sobre amor e preconceitos mudou depois desse filme, tenho um carinho enorme por ele.”

No cinema, os trabalhos de humor são vários, entre eles, Portas dos Fundos: Contrato Vitalício, Shaolin no Sertão, Um Namorado para Minha Mulher, Os Saltimbancos Trapalhões: Rumo a Hollywood e Festa da Firma, que, segundo ele, vai estrear no fim de novembro e início de dezembro. “É produção muito divertida sobre o universo de algo que todo mundo já experimentou: as festas de firma. Mostra que o local onde se trabalha, muitas vezes, pode se tornar seu segundo lar ou até o primeiro.”

O ator também está curtindo a experiência de viver um policial, o Domênico, na novela das 19h da Globo, Pega Pega. “Sinto-me homenageando esses profissionais, mostrando também o lado humano deles”, conta Veras, que viveu intensa preparação para o personagem. Além de filmes sobre o universo policial, ação e investigação, o elenco teve treinamento com armas, aulas de manuseio e postura, e também uma palestra com delegado sobre conduta investigativa.

Em relação ao amor, tem dividido opiniões: algumas pessoas querem vê-lo longe de Antônia (Vanessa Giácomo), outras torcem para que fiquem juntos. “Ele é louco por Antônia, gosta dela de verdade, mas claro que tudo tem um limite. Se eu fosse ele, insistiria mais um pouco. Só mais um pouco.”

E quem quiser assistir ao Veras de perto, pode torcer para que ele leve o seu Acorda pra Cuspir para sua cidade. “O público adora porque se surpreende. As pessoas querem ver algo além das suas expectativas. Vão achando que verão comédia rasgada ou stand up e aí percebem que podem refletir sobre as piadas, se perguntarem por que estão rindo.”




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