Nos bastidores da magia

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Vinícius Castelli

 Cores, vida, emoções. Um universo de fantasia criado para que olhos e coração humanos degustem diversas sensações. O canadense Cirque du Soleil retornará ao Brasil após hiato de quatro anos, desta vez com o espetáculo Amaluna. Será sua sexta produção por aqui. Em São Paulo a atração se instalará no Parque Villa-Lobos (Av. Professor Fonseca Rodrigues, 2.001) e poderá ser vista de 5 de outubro até 17 de dezembro. Os ingressos já podem ser comprados (www.tudus.com.br) e custam de R$ 125 a R$ 450.

A maluna, que tem 65% de seu cast formado por mulheres, trata também do empoderamento feminino. A trama se passa em ilha dirigida por Deusas e guiada pelos ciclos da lua. A rainha Prospera, para marcar a passagem de sua filha Miranda à vida adulta, comanda cerimônia especial. Feminilidade, renovação, renascimento e equilíbrio são motes do evento. Uma tempestade, provocada pela própria rainha, leva à ilha grupo de jovens e várias situações são colocadas a prova.

Entre voos sobre a plateia em tecidos aéreos, números com os personagens Romeo e Miranda na água, e performances que precisam ser impecáveis, está toda uma equipe por trás do cenário. Uma das grandes responsáveis para que tudo aconteça da melhor forma possível, com brilho, luz e um universo mágico para o espectador, é a designer canadense Eleni Uranis. Ela, que assina todas as maquiagens do espetáculo. contou em entrevista ao Diário que o ponto de partida para começar a criar para uma produção desse porte é o que o diretor quer passar. “A história me dará a direção e, então, tento entender o personagem de cada artista. Quem eles são na história, de onde vêm, por que estão lá”, explica.

Ela, então, constrói um perfil psicológico para cada personagem, ou grupo, e depois faz pesquisas para inspiração visual, Eleni conta que, para um projeto desses, trabalha muito de perto com a figurinista, que nesse caso é Mérédith Caron.

Para a Amaluna, ela buscou inspiração em diferentes lugares, além de história e mitologia mundial sobre deusas. Pinturas e moda não ficaram de fora da pesquisa. Eleni confessa que olhar para novos locais e viajar também fazem parte do intenso e rico trabalho de criação. “Por exemplo, para Amaluna, observei diferentes tribos de todo o mundo, como se vestem e se identificam por meio de pintura corporal, tatuagens, jóias e outras decorações”, diz.

O processo de criação da maquiagem leva de seis a sete meses. Os dois primeiros são para pesquisa. “Começo a fazer testes em cada artista para encontrar a aparência perfeita. Faço uma média de três em cada pessoa”, explica. Uma vez que encontra o visual, tem de validar o trabalho com as fantasias e iluminação. Só então o resultado é apresentado ao diretor e a outros criadores do projeto. “Quando a maquiagem é aceita, começamos a ensinar aos artistas como fazê-la sozinhos. É quando nosso trabalho está pronto”, finaliza.




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