Bok Tower Garden tem história e trilhas

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Luís Felipe Soares <BR> Enviado à Flórida

O sonho do jornalista holandês Edward William Bok (1863-1930), que gostava de coisas muito bonitas, se tornou parque que facilmente se passaria por cenário de um conto de fadas. É esse o tipo de pensamento que passa pela mente do visitante no Bok Tower Garden (www.boktowergardens.org), a 90 quilômetros do Centro de Orlando, considerado um dos maiores cartões-postais da Flórida Central por sua aura que mescla natureza, cultura, arte e reflexão espiritual.

São diferentes caminhos, que fazem com que os exploradores encontrem trilhas. Reforma recente deu espaço a algumas áreas específicas, caso de setor gourmet utilizado para eventos e série de atividades voltadas às crianças, estas com direito a palco para teatro com fantasias, pedras com palavras para escrever mensagens e mesas ‘naturebas’ para desenhar e pintar.

A jornada principal no parque leva até a uma torre com 62 metros de altura com estilo neogótico e porta dourada. Ela poderia abrigar Rapunzel, mas é lar de 60 sinos de diferentes tamanhos. Na verdade, o prédio é um dos maiores instrumentos do mundo, com shows musicais diários que podem ser ouvidos à distância.

Para recepcionar o público, o Bok Tower Garden reformulou e modernizou completamente seu centro de visitantes. Exposição com textos, objetos, fotos e vídeos conta detalhes das atrações espalhadas pela propriedade. Eventos temáticos ocorrem ao longo do ano, com as mudanças da natureza deixando o passeio sempre diferente a cada época.

Visita diária custa US$ 15 (cerca de R$ 62) para adultos e US$ 5 (R$ 20) para crianças entre 5 e 12 anos. O local fica aberto 365 dias ao ano, das 8h às 18h.


Safári estreita relação entre público e animais

A ideia de se encontrar vida selvagem no meio de Orlando parece pouco provável. Os parques de diversão, os outlets e a modernidade da rede hoteleira são deixados de lado na Flórida Central, principalmente com a presença do Safari Wilderness Ranch, jornada onde os visitantes se aproximam de exemplares da África, Ásia e das diferentes Américas.

O local é casa de aproximadamente 500 animais. Por dia, há três passeios diários – 9h, 13h e 15h –, sendo que todas as saídas precisam ser agendadas (www.safariwilderness.com). O tíquete individual custa US$ 99 (cerca de R$ 418) para viagem com mais de 60 minutos de duração. O local era apenas um rancho pessoal até 2012, quando passou por reformulação para atender aos visitantes.

 

O jornalista viajou a convite do Kennedy Space Center Visitor Complex, de Visit Central Florida e do Icon Park. 

 

 

No passeio mais tradicional, o público sobe em caminhão aberto que passa pelas diferentes áreas. A sensação é de estar diante de um Parque dos Dinossauros em (bem) menor escala, com os portões de abrindo e sentimento de que se está ‘invadindo’ esse universo animal. “Não somos melhores que os zoológicos, apenas diferentes”, afirma Jeanie James, proprietária do local e uma das guias e cuidadores.

É possível ver grupos de antílopes, cervos, macacos, burros, camelos, dromedários e as populares zebras. Avestruzes costumam acompanhar o caminhão, assim como família de lhamas. Gigantes búfalos se aproximam no momento em que é possível oferecer alguns petiscos direto em suas bocas e parecem pets domesticados.

Área especial serve de residência para enorme grupo de lêmures, animais que inspiraram o Rei Julien dos desenhos de Madagascar. Entre ordens claras para não ficar ‘brincando’ em dar ou não a comida, os visitantes podem distribuir uvas para mamíferos com patas fofas. A atração extra custa US$ 29 (cerca de R$ 122).


Rancho aposta em acampamento chique

A ideia de acampar pode remeter a uma aventura rústica e com alguns perrengues a serem vivenciados com a proximidade à natureza. Toda a estrutura que o Westgate River Ranch Resort & Rodeo (www.westgateresorts.com) passa a seus hóspedes, no entanto, faz com que a viagem seja muito mais confortável e recheada de mordomias.

Na verdade, o local acaba parecendo hotel fazenda de ponta, com estilo que busca lembrar o passado country da Flórida. O endereço é representante de prática conhecida como glamping, ou seja, glamour e camping (acampamento em português) ao mesmo tempo. Seja em casal, família ou grupo de amigos, o rancho conta com campo aberto, diversas atividades – caso de passeios de cavalo e de barco, arco e flecha, tirolesa, pesca e tiro ao alvo – e quartos de diferentes estilos e tamanhos. Aos sábados, rodeios agitam arena particular e servem de pontapé inicial para festa temática.

Há desde casas comuns até chalés com formato de cabanas de índios norte-americanos. Os lugares contam com camas confortáveis, geladeira, cadeiras de descanso e banheiros. Parte do diferencial fica por conta dos serviços oferecidos em certos casos, a exemplo de fogueiras acesas por funcionários, serviço de entrega de comida e ‘carrinho’ de golfe para se locomover pelo hotel. As diárias para esses lugares mais chiques podem variar de US$ 350 (R$ 1.467) a US$ 650 (R$ 2.725) por pessoa.

Mesmo com os preços salgados, até para os norte-americanos, as reservas costumam ser concorridas. Uma ampliação, desta vez disponibilizando acomodações no formato de tipo de carroça do Velho Oeste, está agendada para 2020.
 




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