Hora de ser protagonista

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Vinícius Castelli

O samba, assim como outros gêneros musicais, entrou na vida de Katatal Felipe, nome artístico de Fabio Eduardo Felipe, quando ainda era criança. Ele sempre foi muito influenciado por seu pai, Adão Felipe, que, com amigos, cantava e tocava músicas em sua casa com frequência. Tanto que, entre suas inspirações, estão de Marvin Gay e Stevie Wonder a Jorge Ben, Tim Maia e Djavan.

O contato diário com a arte fez com que o são-bernardense pegasse a estrada da música para nunca mais querer sair. Agora, aos 41 anos, o artista, que há 36 se dedica a acompanhar grandes nomes do cenário nacional, apresenta seu primeiro trabalho solo, Força na Fé.

O título, que começou a ser pensado em março, foi realizado de forma independente e apresenta cantor e compositor maduro, com sambas em andamentos lentos e outros mais rápidos. “Me sinto em construção a cada dia, aprendendo mais e mais. É sempre uma superação e novos pontos de vista”, diz, a respeito de dar os primeiros passos na carreira solo depois de tanto tempo de estrada musical.

Ele lembra que, apesar de o disco estar assinado com seu nome, o mesmo não teria ganho vida sem ajuda de outras pessoas. “Toda uma equipe de músicos, amigos e familiares veio me auxiliando ao longo do caminho. Eles vão amparando e viabilizando aquilo que é necessário. Então, é mais um coletivo de afetividade, onde realmente não estou tão solo ou sozinho assim. Tem todo um coletivo que me dá a  motivação para alçar esse voo”, reflete o artista.

Força na Fé, que ganha lançamento físico (R$ 10 nas redes sociais do cantor) e digital, apresenta canções com temas altruístas, sociais, faz reflexão, fala de família e, é claro, de amor, “que é o nosso principal combustível diário”. Além da voz, ele cuida das cordas em suas músicas. “O violão vem assinando esse trabalho, até mesmo porque é ainda o instrumento mais popular no Brasil. A MPB de hoje é fruto dessa semente plantada e regada desde a década de 1920”, reflete. Ele cita como exemplos Djavan, Chico Buarque, Caetano Veloso. “A mim o violão foi transmitido por meu pai e  pelo avô paterno, Benedito Felipe”, diz.

Mas para chegar até o atual momento, Katatal caminhou um bocado na escola da música. Ao longo da carreira, que começou por volta de 1987, quando tinha entre 10 e 11 anos. Seu currículo é ilustrado com experiências ao lado de nomes como Jovelina Pérola Negra (1944-1998), primeira grande artista com quem trabalhou. Coleciona ainda passagens como acompanhante de inúmeros artistas, como, por exemplo, Toquinho, Roberto Menescal, Carlos Dafé, Beth Carvalho, Bezerra da Silva, Djalma Pires, Arlindo Cruz e Leci Brandão, para citar alguns.
 




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