A caminho do Oscar

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Daniela Pegoraro

A corrida para o Oscar tem início muito antes da data marcada para o evento, que ocorrerá em 24 de fevereiro do ano que vem. Ontem, foi divulgado o título do longa nacional escolhido pela Academia Brasileira de Cinema que concorrerá a uma das cinco vagas na categoria de melhor filme em língua estrangeira: O Grande Circo Místico, do diretor veterano Cacá Diegues. “O mundo está precisando de um pouco de poesia e magia, e essa obra traz isso para nós”, comenta a presidente da comissão de seleção, Lucy Barreto.

O Grande Circo Místico, inclusive, é o sétimo filme escolhido do diretor Cacá Diegues a disputar a indicação ao Oscar, mas nenhum entrou para a lista final de concorrentes. A produção foi escolhida de um total de 22 que competiram para representar o Brasil na premiação, dentre elas títulos que têm se destacado nos últimos meses, como Ferrugem, que conquistou o prêmio de melhor filme brasileiro no 46º Festival de Cinema de Gramado, e Benzinho, que levou três estatuetas da mesma premiação.

“Havia obras de diferentes diretores e temáticas, o que mostrou uma grande diversidade no cinema nacional”, conta Katia Adler, que fez parte da comissão de votação. “Foram duas horas de discussão para chegarmos a uma conclusão. O longa de Cacá tem boas críticas internacionais, distribuidor norte-americano e já está de estreia marcada. Isso também conta muito para a nomeação”, explica Lucy. O Grande Circo Místico será lançado nos cinemas brasileiros em 15 de novembro, mas sua estreia mundial ocorreu em maio, fora de competição no Festival de Cannes, na França.

Baseado no poema de nome homônimo do escritor Jorge de Lima (1893-1953), o filme acompanha cinco gerações em 100 anos da família Knieps, dona de um circo. O elenco conta com grandes nomes como Mariana Ximenez, Jesuíta Barbosa, Bruna Linzmeyer e Antônio Fagundes. A trilha sonora, cheia de brasilidade, um dos elementos apreciados pela comissão de seleção, é ilustrada por músicas de Chico Buarque e Edu Lobo.

Em 90 anos de Oscar, apenas quatro longas brasileiros chegaram a disputar o prêmio: O Pagador de Promessas (1963), O Quatrilho (1996), O Que é Isso Companheiro? (1998) e Central do Brasil (1999).  




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