Música

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Vinícius Castelli

Alceu Valença lança primeiro  álbum com voz e violão

Poeta da música nordestina, o cantor, violonista e compositor Alceu Valença aproveitou o tempo livre, já que está em quarentena desde março de 2020, por conta da pandemia da Covid-19, para trabalhar em casa.

Revisitou alguns de seus clássicos, pesquisou faixas praticamente esquecidas de seu cancioneiro e aproveitou para apostar em inéditas também.

No total, gravou cerca de 30 músicas, entre novembro e janeiro. O projeto que era para ser apenas um disco se tornou três álbuns. O resultado do primeiro deles, Sem Pensar no Amanhã (Deck), já pode ser conferido nas plataformas digitais.

O trabalho é o primeiro de Alceu totalmente intimista, só com voz e violão. “Há anos eu não passava tanto tempo com meu violão. Acho que desde a época em que morei em Paris, na década de 1970. Era preciso me manter produtivo no meio de tudo isso e então decidi gravar todo o material que venho praticando ao longo de tantos meses”, afirmou.

O álbum é ilustrado por 11 faixas. Plural, como sempre, Alceu apresenta frevo, samba, xote blues e frevo-de-bloco.

Entre as releituras estão clássicos como La Belle de Jour, Táxi Lunar e Estação da Luz, por exemplo. O samba que dá nome ao disco é inédito. Também já conhecidas do público do artista, Iris e Marim dos Caetés também estão no repertório.

 

 Lô Borges retoma parceria com irmão e apresenta trabalho de inéditas

Ao longo da pandemia da Covid-19, o mineiro Lô Borges aproveitou para colocar suas energias na música e agora o artista apresenta Muito Além do Fim (Deck).

Responsável, ao lado de Milton Nascimento, pelo lendário álbum Clube da Esquina (1972), o cantor e compositor apresenta dez faixas inéditas, todas disponíveis nas plataformas digitais.

Além das novas canções, outra novidade do disco é a retomada, após nove anos, da parceria entre Lô e seu irmão, Márcio Borges, com quem compôs temas como Um Girassol da Cor de Seu Cabelo, Clube da Esquina e Quem Sabe Isso Quer Dizer Amor.

O trabalho de composição entre os irmãos foi todo feito a distância, com Lô em Belo Horizonte e Márcio em Visconde de Mauá, no Rio de Janeiro. O resultado é o rock, com pegada rural, já tão conhecido dos autores.

Responsável pela voz e violão, Lô conta, no disco, com a ajuda de Henrique Matheus (guitarra), Thiago Corrêa (contrabaixo, teclado e percussão) e Robinson Matos (bateria).

Apesar de inéditas, nem todas as músicas são novas ‘em folha’. Um exemplo é Terra de Gado, composta em 1999, mas que nunca havia sido gravada por Lô. Piano Cigano, última do disco, é outra que estava guardada. Foi criada em 1978 e ganhou letra de Márcio no ano passado.

Muito Além do Fim soma temas que fazem refletir sobre o isolamento, imposto pela pandemia, e outros, de esperança. Tudo com guitarras e violões. Mais uma obra irretocável de Lô Borges.

 

Kings Of Leon aposta em calmaria em ‘When You See Yourself’

Grupo que se consagrou com trabalhos como Only By The Night (2008) e Come Around Sundown (2010), o quarteto norte-americano Kings Of Leon apresenta When You See Yourself (Sony Music), oitavo da carreira.

Formado por Caleb (guitarra/vocal), Nathan (bateria), Jared (contrabaixo) e Matthew Followill (guitarra), o Kings Of Leon segue receita de rock alternativo, mas aposta em clima mais leve, como experimentou em Mechanical Bull, sexto da discografia.

A produção é assinada por Markus Dravs, que se sente em casa, já que trabalhou com nomes contemporâneos ao Kings Of Leon, como Coldplay, Arcade Fire e Mumford & Son, por exemplo.

When You See Yourself segue caminho linear, sem grandes momentos de ousadia tampouco faixas explosivas como Sex On Fire (do disco Only by the Night, de 2008). Mas apresenta canções introspectivas como 100.000 People, que fala sobre recomeço, por exemplo. Um trabalho completo, feito por um grupo que alcançou, de fato, a vida adulta.

 

 




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