Depressão na pandemia

Envie para um(a) amigo(a) Imprimir Comentar A- A A+

Compartilhe:

Alessandra Nunes

Se antes a depressão era a doença do século, agora ela lidera mais ainda o ranking. Segundo a Organização Mundial da Saúde, a doença acomete em média 5% da população mundial. Infelizmente, o Brasil ocupa uma posição de destaque nesse contexto. Estima-se que a maior taxa de depressão do continente latino-americano está entre os brasileiros.

 O confinamento,  o País sem rumo, o medo da morte e da perda, o desemprego são catalisadores que têm aumentado a cada dia o número de pessoas acometidas pela doença. Ela é gatilho para muitas outras. 

Neste quadro ocorrem diversas alterações químicas no cérebro, principalmente em relação aos neurotransmissores (substâncias que transmitem impulsos nervosos entre as células), como, por exemplo, a serotonina e a dopamina. 

Alguns dos sintomas são: tristeza, irritabilidade, ansiedade, angústia, desânimo, cansaço fácil, diminuição ou incapacidade de sentir alegria e prazer em atividades que antes eram consideradas agradáveis, desinteresse, falta de motivação, apatia, falta de vontade, entre outros. O sintoma mais extremo é o desejo de morte, ou a falta de vontade de viver. 

A alteração na alimentação, muitas vezes buscando-se alimentos muito ricos em açúcares (doces, massas e até mesmo o álcool), é associada com a piora do quadro.

O tratamento para a depressão deve abranger dimensões biológicas, psicológicas e sociais, além de mudanças no estilo de vida e a terapia farmacológica. Melhor do que tratar é tentar impedir que ela se instale.

Para evitá-la e afastar alguns sintomas, podemos contar com o auxílio de alguns alimentos que contêm propriedades diferenciadas. São eles:

Leite e iogurte –  fontes de triptofano, aminoácido que ajuda no combate da depressão e melhora o humor por aumentar a produção do neurotransmissor serotonina.

Mel – é uma boa alternativa de alimento para ajudar a combater a depressão, por estimular a produção da serotonina.

Melancia – rica em tirosina, aminoácido que é convertido no neurotransmissor dopamina, que tem ação estimulante no sistema nervoso e está ligado a sensações de prazer e também na motivação do indivíduo.

Carnes magras e peixes – são ricos em triptofano e são fontes de ômega 3, gordura poli-insaturada que estimula a síntese de dopamina, neurotransmissor indispensável para a sensação de plenitude e bem-estar.

Castanha do Brasil – Fonte de selênio, acelera a atividade cerebral afastando a depressão. Além disso é um poderoso antioxidante, que combate os radicais livres e evita o envelhecimento celular precoce. Mas cuidado, o excesso de consumo de castanha pode provocar reações adversas. Três unidades por dia bastam.

Chocolate amargo – estimula a síntese e liberação de serotonina e endorfina, melhorando o humor e proporcionando sensação de bem-estar. 

Aveia e banana – são ricas em triptofano. Experimente comer uma banana amassadinha com aveia antes de dormir e veja a qualidade do sono melhorar. 

Brócolis –  alimento fonte de ácido fólico, o qual está associado ao aumento da dopamina pelo corpo.

Para que os alimentos citados tenham o efeito esperado, é necessário incluí-los frequentemente no cardápio. Além disso, evitar o consumo de açúcar refinado e alimentos com gordura saturada.

E, por último, movimente-se! O exercício físico libera endorfina e deixa todo mundo feliz. Se não pode sair de casa, faça algo dentro de casa. Coloque uma música e dance, como se não houvesse amanhã, pule corda, faça meditação. 

Aos primeiros sintomas de depressão, procure ajuda! 




Diário do Grande ABC. Copyright © 1991- 2024. Todos os direitos reservados