Coronavírus e Pets

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Marcela Munhoz

Após surto mundial causado pelo Covid-19, o coronavírus, as autoridades de todas as especialidades estão em alerta total. O vírus já infectou cerca  de 77 mil pessoas e matou mais de 2.500 apenas na China, onde ele se originou no ano passado. Organização Mundial da Saúde afirmou que 25 países apresentam algum caso de infecção pelo vírus. No Brasil nenhum foi registrado. A proporção de mortes, atualmente, está entre 2% e 4% em Wuhan e em cerca de 0,7% fora de lá.

Enquanto mais casos são relatados, a fonte exata do início do surto ainda é desconhecida. Acredita-se que a origem esteja ligada a um mercado de frutos do mar em Wuhan, onde são comercializados frutos do mar e animais vivos, de acordo com o WSAVA, Global Veterinary Community. Ainda conforme a comunidade veterinária, não há evidências de que um cão ou gato de estimação possa estar infectado com o novo coronavírus.  A OMS também afirmou que não está claro se o vírus “tem algum impacto na saúde dos animais”. “Nenhum evento específico foi relatado em nenhuma espécie”, disse a agência.  

O que se sabe é que, por mais que existam tipos do vírus que contagiam caninos e felinos (são vários os coronavírus), a passagem só acontece entre animais da mesma espécie e não para os seres humanos. Por isso, especialistas que estudam a doença excluem a possibilidade, por enquanto, de que o coronavírus chegue até esses animais. Mesmo  assim, donos de cachorros estão comprando máscaras especiais para protegê-los .

O mais triste: já são milhares os pets abandonados, especialmente na China após o surgimento do surto. Fake news sobre o tema ajudou a espalhar o pânico. Veterinários do mundo todo estão se pronunciando sobre o tema e classificam os rumores como mais destrutivos do que os vírus. A boa notícia é que voluntários estão se mobilizando para cuidar dos bichos abandonados, inclusive com lares temporários. 

Claro, deve-se sempre ter cautela, ainda mais com um vírus desconhecido, mas é preciso tomar muito cuidado para que os pets não sejam tratados como os macacos aqui no Brasil durante a epidemia de febre amarela. Ficou provado que os animais não transmitem a doença aos humanos. Pelo contrário. São tão vítimas quanto.




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