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Alessandra Nunes
Como estamos na Quaresma, período de maior consumo de peixes no ano, abro aqui uma discussão. Ao pensarmos em peixe, logo lembramos dos seus benefícios, como ser fonte de Ômega 3 – que carrega proteínas de alto valor biológico – , ter baixos teor de gordura e valor calórico. Mas será que todos os peixes só apresentam benefícios para nossa saúde? Conheça agora os pró e contra de uma alimentação rica em pescados.
Os peixes são compostos basicamente por água, proteínas e gordura. E o que mais varia entre as espécies é o teor de gordura. Entre os peixes gordos estão salmão, sardinha, atum, cavala, arenque, truta e anchova. Para não errar na dose, não consuma esses tipos mais de duas vezes por semana. Embora possuam maior teor de Ômega 3, gordura benéfica à saúde, contêm maior quantidade de gordura total se comparados aos peixes magros e isso os torna mais calóricos.
Peixe combina com tudo?
Ao menos que acerte na proporção. Existem certos tipos de alimentos que influenciam no teor nutritivo do seu peixe se consumidos em uma mesma refeição. Por exemplo: sobre Ômega 6 – que previne o aparecimento de doenças e diminui respostas inflamatórias do sistema imune – devemos consumir mais fontes do 3 do que 6, isso porque esses dois ácidos competem entre si e o que estiver em maior proporção tende a diminuir a ação e benefícios do outro. Além disso, Ômega 6 em excesso causa reações inflamatórias. Preste atrenção em óleo de soja, de girassol, de milho e de gergelim.
Cru ou cozido?
Ambas as formas de consumo de peixe são apreciadas, porém o que está em ascensão é o consumo de peixe cru em comida japonesa. Pensando em termos nutricionais, se cozido em temperatura certa e lentamente, os nutrientes são preservados. Com relação a higiene e segurança, ao ingerir peixe cru é importante que seja fresco e corretamente manipulado, já que o cozimento em temperatura adequada diminui o risco de contaminação.
Peixada no mercúrio!
Mercúrio é um metal pesado, que, se ingerido em excesso, pode causar danos ao sistema nervoso. As reações vão desde vômitos intensos, paralisia, cegueira, coma e principalmente a gestantes pode causar intoxicação e prejudicar o feto. Existem determinadas espécies de peixe que possuem concentração mais elevada desse metal, isso dependerá do tipo de água em que vivem. Para os que são de cativeiro, depende do tipo de alimentação e do uso de antibióticos ou hormônios por seus criadores influenciando na qualidade da carne e no seu teor nutritivo. Por isso, é importante estar atento à procedência do local de compra do pescado e a frequência de consumo. As espécies com maior tendência a acúmulo de mercúrio são espada, agulha, cavala, corvina, robalo, atum e salmão de cativeiro.
Lembre-se de que a regra de toda boa alimentação é sempre a moderação!
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