Apaixone-se

Envie para um(a) amigo(a) Imprimir Comentar A- A A+

Compartilhe:

Marcela Munhoz

“A vaidade e o orgulho são coisas diferentes, embora as palavras sejam frequentemente usadas como sinônimos. Uma pessoa pode ser orgulhosa sem ser vaidosa. O orgulho relaciona-se mais com a opinião que temos de nós mesmos e a vaidade com o que desejaríamos que os outros pensassem de nós.”

Esta frase é de autoria da britânica Jane Austen (1775-1817), que publicou o romance Orgulho e Preconceito – aliás, a obra inspirou a trama da próxima novela das 18h, da Globo. Apesar de ser lançada lá em 1813, tem história incansavelmente reproduzida. A protagonista, Elizabeth Bennet, é dona de gênio forte. Antes de tudo, inclusive de ser vaidosa, é orgulhosa de si. Quando o livro saiu, Austen tinha 21 anos, um ano mais nova do que Bruna Marquezine hoje. Por que citar a atriz? Porque é constantemente bombardeada por críticas – a última no Carnaval, quando postou a foto abaixo e foi julgada pelo corpo, pasmem, ‘fora do padrão’ – e, mesmo assim, segue orgulhosa e apaixonada por si.

Aí entro no tema que escolhi para tratar neste editorial: a paixão. Se você é uma pessoa que se apaixona, especialmente por si mesmo, dificilmente vai ligar para o que os outros pensam, porque sabe que é impossível corresponder a todas as expectativas. A paixão ajuda a acordar de bom humor, projetar um futuro e ultrapassar obstáculos. Aqui vale destacar que não se trata só de paixão por outro ser humano. Pode ser pelo trabalho, por uma causa, por um hobbie. Simone e Simaria são apaixonadas por música. Em difícil momento da vida delas, foi o que as estimulou a colocar a mochila nas costas e sair da cidadezinha de Uibaí, na Bahia, para São Paulo. Conquistaram espaço. A paixão pela superação fez com que Fabiano Lacerda, personagem do Minha História, focasse em eliminar mais de 100 quilos. Mais do que chegar ao corpo que sonhava, o baiano revela que a mudança mais forte, na realidade, foi interna. “Conforme emagrecia, fui me conhecendo e descobri que força de vontade se conquista diariamente.” Quando ficou cega, aos 20 e poucos anos, Mellina Reis passou por fase complicado, mas, aos poucos, foi reconquistando e independência e a autoestima. Hilary, labradora que a ajuda como cão-guia, foi essencial neste processo. “Ela mudou completamente a minha vida. Trouxe independência, autonomia e elevou minha autoestima”, conta. Saiba mais em Pet é Pauta. A dica é: apaixone-se sempre, caro leitor, e aproveite esta Dia-a-Dia.




Diário do Grande ABC. Copyright © 1991- 2024. Todos os direitos reservados