Ovário policístico

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Alessandra Nunes

A síndrome do ovário policístico, também conhecida como SOP, é um distúrbio endócrino que provoca desequilíbrio dos hormônios sexuais, levando à formação de cistos nos ovários, aumentando-os de tamanho e interferindo no processo normal de ovulação das mulheres na idade fértil.

Esse desequilíbrio pode causar ciclo menstrual irregular, aumento de pelos no rosto, seios e abdômen, acne, infertilidade, obesidade e, também, pode favorecer o risco para o desenvolvimento de diabetes mellitus tipo 2, doenças cardiovasculares e câncer do endométrio, naquelas mulheres que já possuem predisposição genética para essas patologias. Muitos desses sintomas podem levar à diminuição da autoestima, resultando em depressão, ansiedade e irritabilidade, agravando ainda mais o quadro.

A nutrição tem um papel muito importante no tratamento da SOP, já que inúmeros fatores podem estar envolvidos na causa desse distúrbio, sendo a resistência à insulina um dos mais estudados. Assim, os cuidados com a alimentação têm sido indicados como adjuvante ao tratamento da SOP.

Para isso, aqui vão algumas modificações que podem ser feitas no seu dia a dia para ajudar no tratamento da SOP:

Consuma cereais integrais, como arroz, pães, biscoitos, massas etc. Esses alimentos liberam a glicose mais lentamente na corrente sanguínea e, consequentemente, não provocam picos de liberação de insulina;

Aumente o consumo de alimentos fontes de fibras, como frutas, hortaliças, aveia e outros, uma vez que eles diminuem a absorção de açúcar;

Insira alimentos fonte de ômega 3, como sardinha, salmão, atum, linhaça e chia. Essa gordura apresenta propriedade anti-inflamatória, melhorando a ação da insulina nos tecidos periféricos, diminuindo a resistência a este hormônio. Alguns estudos mostraram que a suplementação de ômega 3 pode reduzir as concentrações de testosterona (elevadas em mulheres com SOP) e auxiliar na regulação do ciclo menstrual;

Evite o consumo de alimentos com alta concentração de gorduras saturadas, pois, quando em excesso, podem piorar o quadro de resistência à insulina por serem pró-inflamatórias;

Aumente o consumo de alimentos ricos em magnésio, como vegetais verde-escuros, cereais integrais e oleaginosas, como castanhas, nozes e amêndoas, ajudam no metabolismo dos carboidratos;

Procure introduzir mais alimentos ricos em cromo, como carnes, grãos (ervilha, feijão, lentilha e soja), leite e derivados e ovos.

Mas lembre-se que as orientações não excluem o acompanhamento de um nutricionista, para elaboração de um planejamento alimentar que respeite sua rotina, gostos, cultura alimentar e individualidade bioquímica, de forma a prevenir ou tratar esse distúrbio.

 



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