Direito à família

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Marcela Munhoz

Toda criança e adolescente têm direito à vida e à Saúde, à liberdade, ao respeito e à dignidade, à família, à Educação, à Cultura, ao esporte e ao lazer. Esses direitos são garantidos no Brasil pelo ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente), constituído em 13 de julho de 1990. Os itens podem parecer básicos demais – e realmente são – mas sabemos que ainda assim estão longe de serem respeitados. Só em relação à família, de acordo com o CNJ (Conselho Nacional de Justiça), atualmente o País tem 46 mil crianças e adolescentes em abrigos.

Mas se de um lado o abandono é realidade, de outro, o desejo de pessoas que lutam para formar uma família de verdade cresce na mesma proporção. Muita gente sonha oferecer amor a um ser humano que já carrega o peso de ter sido deixado de lado. Ainda há muita burocracia, lentidão de processos e obstáculos, que chegam a durar anos, para a concretização da adoção, mas as insistências resultam em grandes histórias, em grandes famílias.

Esta foi a proposta do Especial desta Dia-a-Dia. Contar processos de adoções que ultrapassaram, inclusive, o conceito de que só há interesse em meninas recém-nascidas, brancas, sem irmãos e saudáveis. Jonas foi adotado com 8 anos e meio.“Faço questão de falar sobre adoção tardia. Todo processo de construção de relacionamento tem seus graus de dificuldade. E existe ainda o lado social. É uma criança a mais fora de uma abrigo e dentro de uma família”, acredita a mãezona Maria Angélica dos Anjos.

Ainda que tenhamos tido a chance de contar belas histórias como a de Jonas e Maria, o caminho durante a reportagem não foi fácil. Muitos entrevistados desistiram de aparecer na revista por medo de serem encontrados pela família biológica, expor a identidade das crianças ou ainda por sofrerem algum tipo de preconceito. Embora a razão se resuma a amor, proteção e zelo, não há como negar: falar de adoção ainda é tabu no Brasil. Infelizmente.

Nesta edição da revista também tem entrevista com Sidney Magal. O cantor está comemorando 50 anos de carreira e segue na divulgação da sua biografia, escrita pela autora de Santo André Bruna Fonte. A família, para ele, vem sempre em primeiro lugar. “Nunca deixei de ser a pessoa de sempre. Gosto de viver, de curtir. Mesmo no auge da carreira, quando meus filhos eram novos, os levava na escola, viajava (…) Não sou estrela 24 horas por dia. Tenho que ser um humano legal”.

O ator Paulo Betti também é tão ligado aos antepassados que conta tudo sobre eles durante monólogo, em cartaz em São Paulo. “Minha mãe e meu pai me fizeram compreender mais as pessoas, estar mais perto do simples”, revela. E no especial Primeiras-damas, Caroline Rocha conta um pouco de sua rotina e da importância de ter o apoio e a companhia do marido, Lauro Michels, das filhas e dos pais em seu trabalho no Fundo Social de Solidariedade de Diadema.

 

Boa leitura e até a próxima!




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