O artista que mora em cada um

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Miriam Gimenes

A bandeira da paz é formada por uma tríade que significa religião, ciência e arte. Unidas, elas ficam dentro do círculo da cultura. Criada pelo artista e escritor russo Nicholas Roerich (1874-1947), o estandarte é o símbolo do Pacto Roerich, um tratado internacional de 1935 dedicado à proteção das instituições artísticas, científicas e de monumentos históricos.

Não é à toa que ela flameja – pelo menos quando tem vento – em cima da Estação Brasil Casa de Arte e Cultura (Avenida Presidente Kennedy, 1.895), em São Caetano. Fundado em 2011, e gerido por Kelly Siqueira e Júnior Radsi (Yoda), o espaço tem como premissa a ideia de que somos todos artistas e podemos mudar o mundo com a arte.

Para tanto, foi feito um mapa (abaixo) com os itinerários da casa. Sim, porque por ser uma ‘estação’, existem diversos destinos – assim como com um trem – a serem seguidos, todos com um único propósito: o autoconhecimento. “São sete linhas que dirigem a nossa casa. A linha 1, que é a principal, tem os grupos de estudos que regem todo direcionamento. A partir deles vêm todas as outras atividades”, explica um dos facilitadores da casa, Danilo Yamamoto.

O nome, acrescenta, surgiu da ideia de que a casa de arte e cultura é um local de as pessoas passarem, subirem na plataforma e escolherem seu destino. “Que seja música, teatro ou dança. Tem de se identificar e ir na direção dele”, explica.

Todos os caminhos, como pode ser visto, estão interligados. “A gente vai fazendo tudo ao mesmo tempo. Por isso tem também outras atividades como o dia do movimento, as aulas de ioga, dança de rua e capoeira”, acrescenta o também facilitador Bruno Bruscariolli.

Na Linha 2, por exemplo, está a agenda cultural. Nela há a festa de Santo Antônio (dia 13, às 18h), o Dia Fora do Tempo (26 de julho), o encontro místico, happy hour cultural e o sarau de Lua Cheia, que já teve 34 edições e, em breve, deve ter mais uma.

Algumas atividades são realizadas em parceria com a Prefeitura, como o Carnaval de Rua do Bloco TáBerto, por exemplo, mas a maioria é de forma independente. “Em alguns grupos de estudos pedimos contribuição voluntária. As pessoas dão o que puderem para ajudar”, diz Yamamoto.

No local, que está passando por reforma, há também um espaço para exposição – no momento estão algumas obras de Yamamoto, que é ilustrador e artista plástico – e também está aberto para bandas que quiserem tocar.

O próximo grupo de estudo será o Aprendendo a Fazer Escolhas, que terá início no dia 24, às 16h. Quem quiser participar basta mandar uma mensagem na página da casa no Facebook ou comparecer na data. Mais informações no site www.ebrasil.art.br. 




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