Para apreciar sem pressa

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Vinícius Castelli

Com tanta rua a ser explorada, em Veneza há uma coisa que não é permitida: a pressa. E perder-se por lá é absolutamente normal e divertido. Suas ruelas oferecem cafés interessantes, restaurantes, doçarias e crianças brincando livres e soltas em frente das casas e também nas pequenas praças. Gelateria também é algo típico na cidade – e na Itália toda. Aliás, sorvete italiano, além de único, é algo imperdível, seja no calor ou no frio.

Uma vez visitada e bem explorada a Piazza San Marco, vale sair andando por Veneza e cruzar seus canais e ver suas pontes. Uma das mais famosas é a dos Suspiros (Ponte dei Sospiri), assinada pelo arquiteto Antonio Contin (1566-1600). Ela liga o Palazzo Ducale à antiga prisão. Contam que ela leva esse nome, dos suspiros, pois os prisioneiros condenados à morte, quando passavam por ela, suspiravam sabendo que a liberdade e vida estavam perto do fim. Outro ponto famoso é Ponte Rialto, um dos maiores cartões-postais da cidade. É a mais antiga de lá e data de 1588. Ao lado dela há um mercado com diversos produtos italianos. Aproveite os diferentes tipos de queijo e as frutas deliciosas.

Veneza é conhecida como uma das cidades mais caras da Itália. Ela é suprida por hotéis chiques. Mas é claro que dá para visitar gastando pouco. Nada que um sanduíche e um albergue da juventude não resolvam. Opções simples para hospedagem também estão disponíveis, principalmente em ilhas como Giudecca. Boas opções são o Ostello Venezia (www.hostelvenice.org) e Hotel Amadeus (www.hotelamadeusvenice.it).

Passear pela cidade é se deparar com máscaras de Carnaval – um dos mais antigos e famosos do mundo. É comemorado nas ruas em março. Lojas vendendo máscaras se trombam a cada canto. Vale a lembrança.

Inspiradora como é, Veneza é local de artistas importantes como Ticiano Vecellio (1490-1576). Obras dele podem ser apreciadas na Galleria dell’Accademia di Venezia (www.gallerieaccademia.org). Peças de Giovanni Bellini (1430-1516) também são opção. O espaço, inclusive, preparou mostra especial pelos 500 anos da morte do artista. A entrada para o museu custa em média R$ 40. 

Como todo lugar da Itália, a gastronomia é parte importante da visita. Como se trata de uma região litorânea, delicie-se com massas com peixes e frutos do mar, como o espaguete com tinta de lula. Anchova também é boa pedida. Para quem quiser realmente economizar e gastar ou usar o tempo precioso para caminhar, os panini (sanduíche geralmente com salame, custam em média R$ 9). Mas saiba que, para qualquer italiano, sentar-se à mesa é ato necessário. Há boas opções de restaurantes afastados da Piazza San Marco. Bairros como Santa Croce e San Polo são excelentes pedidas.

Mais informações sobre Veneza podem ser obtidas no site oficial do local (www.venice-tourism.com)

Passeio de gôndola é clichê, mas essencial

Veneza e gôndola parecem até sinônimos. Não há como pensar em uma e não na outra. Pode até ser uma opção clichê, já que elas estão sempre muito disputadas pelos turistas e são uma das atrações mais famosas da cidade. Mas, com certeza, ir até Veneza e não fazer um passeio nas famosas e românticas embarcações pelos canais da cidade é sim como ir à Paris e passar longe da Torre Eiffel ou do Museu do Louvre. Sempre faltará algo para se lembrar.

Os passeios partem de diversos pontos, principalmente da Piazza San Marco, de onde os bilhetes costumam ser mais caros, cerca de R$ 400 o passeio, valor que pode ser divido por casal ou até quatro pessoas. Os passeios duram em torno de 40 minutos e há diversos roteiros. A sugestão é sempre procurar profissionais credenciados.

Se a ideia for realmente economizar, é possível encontrar um lindo barquinho te esperando em diversas ruas da cidade. mas vale a pena sempre observar o estado da embarcação, na maioria, obras de arte talhadas na madeira.

Durante o passeio os condutores explicam das obras pelo caminho e da história da cidade. Ainda que em italiano, é possível entender muita coisa.

 




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