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Miriam Gimenes

 Uma vez gravadas as cenas de Belém, a equipe da novela partiu para Manaus. Lá, escolheu a comunidade de Perpétuo Socorro, em Iranduba, para gravar as cenas da fictícia Parazinho. E, por isso, todos os habitantes do lugar participaram das cenas, entre eles Marlene Alves, que produz artesanatos com produtos locais, como sementes de açaí e morototó, que estão sendo utilizados no folhetim.

Segundo ela, os moradores locais vivem do artesanato, da pesca e agricultura. “Estamos muito felizes em sermos representados na TV. Os turistas vêm aqui, conhecem nossa cultura, mas nunca imaginamos um dia estar numa novela”, contou orgulhosa a moradora.

No Centro do vilarejo existe uma igreja pequena, com toda a simplicidade e beleza das construções de interior, onde foram gravados eventos importantes da trama e tradicionais na região Norte, como a procissão do Círio de Nazaré e a festa do carimbó, dança típica da região. “Fizemos algumas interferências na igreja, para deixá-la ainda mais encantadora. Construímos um oratório e decoramos os azulejos da fachada, sempre com a orientação e ajuda dos moradores. Para a festa do Carimbó produzimos as fitas coloridas e as gambiarras de luz”, descreveu a cenógrafa da novela, Cristiane Lobato.

A autora, Glória Perez, justificou a escolha da região como ‘cenário’ por ter sido criada, até os 16 anos, no Acre. “Acho que a riqueza cultural do Norte é imensa e ainda muito desconhecida do restante do Brasil. Vamos mostrar o lado lúdico, como a lenda dos botos, e manifestações culturais como o carimbó e o Círio de Nazaré. No caso do círio, a ideia é mostrar como ele é celebrado em pequenos lugares, os círios fluviais, que acontecem antes do grande círio. As pessoas de joelhos, os votos. Aquela manifestação tão forte da fé.” Bota forte nisso.




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