As minas e suas histórias

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Marcela Munhoz

Não há nada mais legal do que viver intensamente todas as experiências que uma trip pode oferecer. Registrar as lembranças na memória no momento em que estão acontecendo é a principal recomendação das viajantes de carteirinha. Mas tem também quem tira foto de tudo, quem escreve diários de viagem para não esquecer detalhes e tem quem cria blogs ou páginas nas redes sociais para dividir com todo mundo parte do que está vivendo ou viveu. Seja qual for o seu perfil de turista, aproveite cada segundo e sinta todas as sensações. Só assim terá muitas histórias para contar. Leia um pouquinho do que essas mulheres vivenciaram em suas viagens.

ACABOU DE VOLTAR
A fotógrafa do Diário do Grande ABC, Marina Brandão, 26 anos, passou as últimas férias no Uruguai e viveu sua primeira experiência de viajar sozinha. “Decidi ir por dois motivos: não tinha companhia, mas sempre quis viver esse sentimento de estar só em um ambiente totalmente novo. E foi realmente um desafio me adaptar à língua, à cultura e às pessoas. Mas foi a coisa mais incrível da minha vida. O Uruguai é muito acolhedor. Me senti à vontade, segura e muito bem-vinda nos sete dias que passei na terra de José Mujica. Viajar sozinha é demais. Aconselho de olhos fechados todo mundo a embarcar sozinho para algum lugar ao menos uma vez na vida. Meu próximo destino? Cuba que me aguarde no ano que vem!”

INESQUECÍVEL
Flávia Bigai Coleta, 34 anos, de São Bernardo, já viajou para destinos como Bolívia, Peru, Equador, Colômbia, Argentina, Uruguai, Chile, além de vários no Brasil. O lugar que mais gostou de viver a experiência em ir sozinha foi Cuba. “Foi e continua sendo uma das viagens mais especiais, por causa do contato com o povo que passou pelo processo da Revolução Cubana. Eles são muito acolhedores”, conta a socióloga, que prefere ‘mochilar’. “Dá para economizar até 50%”. Equador, por outro lado, não traz tão boas recordações. “Tive problemas sérios com assédio”. Mas, para Flávia, isso não acontece somente em viagens. “É no dia dia a dia. Para alguns, espaço público não serve para as mulheres”.

IMERSÃO
Desde criança, a atriz Flavia Giovana Dessoldi, 26 anos, de Santo André, sonha conhecer a Europa. Formada em História da Arte, era a forma de ver de perto os lugares pelos quais sempre foi apaixonada desde a adolescência. Em 2012, fez a tão desejada trip pela Europa, sozinha. “Em vez de suprimir meus planos, resolvi começar a dar asas a eles”. Entre as cidades que teve a oportunidade de conhecer, ela costuma destacar Londres. “Sempre me fascinou tanto pela história e cultura, como também pelas referências musicais e artísticas que sempre carregarei comigo”. Flávia ficou fascinada também com as pessoas que encontrou pelo mundo. “Tem muita gente boa, tem muita gente que transborda empatia por aí. Quando se viaja sozinho tem-se a oportunidade de voltar os olhos a isso. Devemos, claro, ser precavidos, mas não podemos nos fechar para essa conexão que se forma quando estamos desbravando o desconhecido”.

NOVO MUNDO
"Sempre gostei de viagens, mas não eram todas as vezes que tinha companhia. Então, decidi ir para a Colômbia (San Andrés e Cartagena). Aconteceram dificuldades, mas, no geral, a experiência foi incrível. A partir daí, um mundo novo se abriu para mim”, conta Sabrina Levensteinas, 36 anos, de São Caetano. A editora de textos percebeu que, com planejamento e pesquisa, ela poderia conhecer praticamente qualquer lugar. E, assim, já desbravou 28 países. “Visitei praias, cachoeiras e montanhas. Fiz trilhas, conheci geleiras, templos e cidades exóticas”. Sabrina conta que já passou por algumas situações complicadas – como precisar dormir no aeroporto, ser largada sozinha no meio do nada por um taxista e ficar sem gasolina no meio do Grand Canyon – e acha que alguns destinos devem ser mais seguros se for acompanhada, mas não deixa de viajar se não aparecer ninguém. Sabrina, inclusive, alimenta o blog www.embarquepromundo.com.br

O MAPA MUNDI
Não é todo mundo que pode dizer que já viajou por um ano sozinha percorrendo 18 países. Ana Paula Teixeira, 37 anos, pode. A jornalista – que trabalhou em Santo André – começou a desbravar o mundo aos 26, quando fez intercâmbio na Irlanda. Hoje, contabiliza 34 países no currículo. “É difícil escolher qual viagem foi a mais legal. Digo que a mais chocante foi a Índia, a mais surpreendente a Jordânia e o país mais carismático, a Tailândia”.
Na Índia, ela encontrou opiniões diferentes de turistas. Alguns amam, outros odeiam. “Eu digo que é experiência que qualquer pessoa deveria passar, para aprender a conhecer e respeitar o diferente”. Já na Jordânia, a grande surpresa ficou por conta do povo totalmente receptivo e afetivo. “Além das paisagens deslumbrantes e gastronomia fantástica”. No Vietnã, a jornalista passou mal com a comida. “Está aí uma das desvantagens de viajar sozinha. As pessoas até são solidárias no socorro, mas ninguém vai passar a noite com você no hospital”. Ela também já se perdeu e, como não encontrou quem falasse inglês, ficou horas tentando voltar ao hostel. “Outra coisa ruim é não ter ninguém para tirar sua foto se a primeira não ficar boa”. Apesar de embarcar sozinha, Ana Paula confessa que ficou só mesmo em poucas ocasiões. “Como me hospedo em hostel, sempre dá para conhecer alguém no café da manhã e fazer o mesmo passeio. Ou a noite, e sair para a balada”. Agora, a viajante pretende conhecer o Machu Picchu, no Peru, e a Muralha da China.




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