Cantor

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Vinícius Castelli

Andreense de nascença e coração, o cantor Edson Cordeiro celebra hoje seu cinquentenário. Artista que nasceu de família humilde, com pai mecânico e bordadeira, ambos nascidos no interior, o artista, que cresceu na Avenida Nova Iorque, no bairro Utinga, hoje celebra, além dos 50 anos de idade, carreira consolidada não só no Brasil, mas na Europa também – ele está radicado na Alemanha há quase uma década.
 
“Eu sou o retrato de um brasileiro vitorioso. Que sirva de exemplo para os que pensam em desistir. Não desista nunca e acredite nos seus sonhos”, afirma o cantor em entrevista ao Diário.
 
Longe da terra natal, ele afirma ter vida cheia de amor, trabalho e segurança. E conta que, para viver bem no Exterior, o segredo é não procurar o Brasil em outros países. “Não procure o que não vai encontrar. A Alemanha tem muitos aspectos ótimos e péssimos como qualquer outro lugar do mundo. E família só existe uma”, afirma.
 
Dono de repertório eclético e artista versátil, o contratenor (voz masculina aguda, com o mesmo alcance do soprano) aproveita também para avisar que lançará seu próximo trabalho, Fado, em Berlim, ainda nesta semana. “e em breve estará em todo o mundo”, diz. O álbum, 12º da sua carreira, foi gravado em Porto, Portugal. O artista anunciará em breve uma turnê para divulgar seu novo trabalho. A agenda do artista pode ser conferida em seu site oficial (www.edsoncordeiro.com).
 
Edson começou a cantar aos 6 anos, na igreja. Trabalhou como office-boy e cantava nas esquinas da Avenida Paulista, em São Paulo. A carreira solo começou a ganhar força nos anos 1990. Seu primeiro concerto no Teatro Municipal de Santo André foi em 1993. O último, em 2014. Mas ele garante que quer voltar, basta um convite. Edson aproveita para mandar um carinho ao fãs no Brasil. “O público aqui (Alemanha) é maravilhoso, mas não tão expansivo como o brasileiro.”
 
Cantor experiente, Edson diz que um dos maiores segredos da carreira é cuidar da voz. “Só com saúde pode-se ter uma voz saudável. A voz não está separado do corpo”, afirma.
 
Com uma caminhada artística que já soma quase três décadas, Edson prefere não olhar para trás e ficar nostálgico. “Não me comovo com minha própria trajetória. Sou um brasileiro normal que luta como todos os outros. Mereço e quero ser feliz como todos”, diz. E para o futuro ele espera “mais de tudo”.



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