Presença de Anita

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Miriam Gimenes<br>Do Diário do Grande ABC

 Em pouco menos de um mês, entre os dias 12 de dezembro de 1917 e 10 de janeiro de 1918, Anita Malfatti (1889-1964) foi do sucesso ao fracasso de uma forma singular. É que durante este período ela inaugurou sua primeira mostra individual que, em um primeiro momento, atraiu grande número de curiosos mas, depois da crítica severa de Monteiro Lobato para O Estado de S. Paulo, perdeu grande número de visitantes.
O fato é que essa mostra acabou por inaugurar o modernismo brasileiro e será lembrada a partir de hoje, às 20h – um século depois–, na exposição Anita Malfatti: 100 Anos de Arte Moderna, no MAM (Museu de Arte Moderna), em São Paulo.
Serão apresentadas cerca de 70 obras representativas da trajetória da artista, que foi um dos principais nomes da arte brasileira no século 20 e passou os últimos anos de vida em Diadema.
“A ideia é mostrar como Anita acompanhou o seu tempo e ajudou a construir a história da arte, ao longo da primeira metade do século 20, e não em um modo pontual como a história mostrou. Ainda hoje) Ela é vista dentro dessa ideia mitificada como uma coitadinha, que foi atacada pelo Lobato, que era um ‘lobo-mau’, mas na verdade ela era uma mulher que viajava sozinha, morou em Berlim, Nova York, que circulava pelo mundo, não era retraída, como alguns dizem”, explica a curadora Regina Teixeira de Barros.
A mostra está dividida em três momentos: os anos iniciais que a consagraram como o ‘estopim do modernismo brasileiro’; a época de estudos em Paris e a produção naturalista; e, por fim, as pinturas com temas populares. Imperdível.

Anita Malfatti: 100 Anos de Arte Moderna – Exposição. MAM (Parque Ibirapuera: Av. Pedro Álvares Cabral, portão 3). De terça a domingo, das 10h às 17h30 (com permanência até as 18h), até 30 de abril. Ingresso: R$ 6 (gratuita aos sábados). Informações: www.mam.org.br




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