‘La La Land’ é o queridinho do Oscar 2017

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Marcela Munhoz

 Muita gente não gosta de musical e se recusa a pagar ingresso para ver gente cantando o que poderia ser falado. Porém, o gênero não só tem conquistado cada vez mais fãs como também os maiores e mais respeitados entendedores de arte do mundo.

La La Land: Cantando Estações é grande exemplo. O longa – do norte-americano de 31 anos Damien Chazelle, (Whiplash), que faturou sete Globos de Ouro – concorre em 14 categorias no Oscar 2017. O filme se iguala ao A Malvada (1950) e Titanic> (1997). A cerimônia acontece em 26 de fevereiro, em Los Angeles, com apresentação do comediante Jimmi Kimmel. Não há brasileiros na disputa.

O musical queridinho da vez (em cartaz no Brasil, em várias salas da região, inclusive) mostra romance entre um músico (Ryan Gosling, que concorre a melhor ator) e uma aspirante a atriz (Emma Stone, indicada para melhor atriz). A produção foi lembrada duas vezes na mesma categoria (canção original), além de melhor diretor, roteiro original, direção de fotografia, direção de arte, montagem, mixagem de som, edição de som, figurino e trilha sonora.

Na sequência – com oito indicações cada – estão Moonlight: Sob a Luz do Luar (estreia em 23 de fevereiro), sobre um jovem que vive nas ruas violentas de Miami, e A Chegada (já saiu de cartaz), ficção sobre uma mulher que precisa aprender a se comunicar com ETs. Em seis categorias, aparece Manchester à Beira-Mar (em cartaz em São Paulo), com o drama de um homem que faz de tudo para voltar à sua cidade para enterrar o irmão.

Já na lista de melhor animação estão Kubo e As Cordas Mágicas, Moana: Um Mar de Aventuras, Minha Vida de Abobrinha, A Tartaruga Vermelha e Zootopia.

MUSICAIS JÁ REINARAM
La La Land é a prova de que a indústria cinematográfica, mais uma vez, se deixou conquistar pelo marcante perfume das grandes produções. Mas isso não é de hoje. No Oscar, já teve musical que venceu como melhor filme na segunda edição: Melodia da Broadway (1929). Também estão na mesma lista Ziegfeld – O Criador de Estrelas (1936), O Bom Pastor (1944), Sinfonia de Paris (1951) e Gigi (1958).

Mas foi na década de 1960 que os musicais realmente brilharam com Amor, Sublime Amor (1961), o mais premiado, com dez estatuetas. Minha Bela Dama (1964), A Noviça Rebelde (1965) e Oliver (1968) fecharam a era de ouro na categoria. Em 2012, outro musical, Chicago, foi o melhor filme. E, em 2013, Os Miseráveis perdeu para Argo. A Malvada ganhou seis das 14 indicações e Titanic carimbou 11 prêmios. Resta saber se La La Land vai se dar melhor nessa.




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