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Vinícius Castelli<br>Do Diário do Grande ABC
Três anos após sua primeira visita ao Brasil com Ozzy Osbourne, cantor da formação original, o Black Sabbath retornou ao País com a turnê The End, que coloca fim a uma carreira que teve início nos anos 1960.
A banda se apresentou no último domingo, em São Paulo, e disse adeus ao Brasil diante de quase 70 mil pessoas que não arredaram o pé do Morumbi mesmo com forte chuva.Ozzy, Tony Iommi (guitarra) e Geezer Butler (contrabaixo), ao lado do competente baterista Tommy Clufetos e do tecladista Adam Wakeman – que não são da formação clássica –, iniciaram o show de uma hora e 40 minutos com a pesada Black Sabbath.
Crianças junto de papais com lágrimas nos olhos não faltaram no espetáculo. Ozzy esbanjou simpatia o tempo todo do alto de seus 68 anos. Cantou até trecho de Singing in The Rain – famosa pela interpretação de Gene Kelly –, por conta da chuva. Fica claro que os tons agudos dos anos 1970 ele não alcança mais. Mas quem se importa?
A guitarra de Iommi segue poderosa, imponente. Fica clara em temas como de Into The Void a razão de ser considerado o criador do heavy metal. Consegue soar como nenhum outro, com riffs e solos brilhantes. Ao lado do contrabaixo de Butler é o casamento perfeito.
Sem fogos de artifício nem grande tecnologia, o Black Sabbath dispensou as faixas do último disco, e devastou o local com clássicos como Fairies Wear Boots,War Pigs, N.I.B.e Snowblind. Grata surpresa a inclusão de After Forever.
Se é mesmo o fim da banda ainda é cedo para dizer. Iommi, cujo câncer linfático – tratado desde 2012 – está em processo de remissão, parece ter gás, assim como seus amigos de palco, para muitas outras turnês. O tempo dirá.
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