Black Sabbath diz adeus

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Vinícius Castelli

 Quando começaram, no fim dos anos 1960, em Birmingham, Inglaterra, os jovens músicos do Black Sabbath sequer imaginavam que durariam juntos dez anos, que dirá que a banda seria a responsável por mudar, de uma vez por todas, o caminho do rock – não havia nada tão pesado e sombrio até então – e que o grupo estaria vivo em 2016. Fato é que o Black Sabbath, formado por Ozzy Osbourne (voz), Tony Iommi (guitarra) e Geezer Butler (contrabaixo), diz agora adeus aos palcos.

A turnê de despedida da banda passa hoje por São Paulo. O grupo, que conta ainda com o baterista Tommy Clufetos, se apresenta no Estádio do Morumbi (Praça Roberto Gomes Pedrosa, 1), a partir das 20h30. Antes sobem ao palco os grupos Doctor Pheabes e Rival Sons. Até o fechamento desta edição havia ingressos para cadeira superior 2 e 3 (R$ 260 a R$ 520), nas bilheterias do local.

O Sabbath passou pela primeira vez no Brasil com o vocalista original Ozzy Osbourne em 2013, diante de 70 mil pessoas, em turnê do disco 13, primeiro de estúdio com Ozzy após mais de 30 anos. A banda havia se apresentado antes em São Paulo com os cantores Dio (1992) e Tony Martin (1994).

Munidos de petardos como War Pigs, Snowblind, Into The Void e N.I.B, os veteranos músicos do Sabbath tocarão para pessoas como o andreense Willian Paiva, 24. Ele viu o grupo na turnê do disco 13, há três anos, em São Paulo, além de três shows solo de Ozzy. Uma das razões de ser baterista é por conta de Bill Ward (baterista original da banda).

Paiva afirma que o grupo mudou sua vida. “Pessoas ‘normais’ talvez não entendam. O Black Sabbath inclinou meu destino para outro lugar. É engraçado imaginar como seria a minha vida caso eu nunca tivesse colocado aquela fita K7 no estéreo do meu pai ou se tivesse ignorado o que sentia ao ouvir cada disco”, explica.

Entre os momentos que Paiva nunca mais vai esquecer está o dia em que conheceu Ozzy, em 2013 mesmo, antes do espetáculo da banda. “Foi inacreditável. Dei abraços nele e fizemos algumas fotos”, conta. Ozzy autografou um LP e o braço de Paiva. No dia seguinte o jovem correu a um estúdio de tatuagem. “Eu nem conseguia dormir e me mexer enquanto não tivesse certeza que a assinatura ficaria para sempre na minha pele”, diz ele, orgulhoso da tatuagem que fez.

Jean Gantinis, 56, é outro que carrega o Black Sabbath no coração. Se Ward fez Paiva tocar bateria, a culpa de Gantinis ter pego a guitarra na mão é de Tony Iommi. “Ele é o mestre, foi Iommi quem me influenciou”, afirma o andreense, que escutou a banda pela primeira vez nos anos 1970.

Gantinis viu o Black Sabbath em 1992, com Dio no microfone. Quando o grupo se reuniu com Ozzy ele estava lá também, em 2013, acompanhado pela filha Lian e pelo filho caçula, Jimi. “Minha filha vai comigo de novo. Estou ansioso. É minha banda do coração”, encerra.




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