Cozinha é para os fortes

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Miriam Gimenes

 Estereótipo não existe no vocabulário do chef Henrique Fogaça. Dono de um corpo tatuado, voz que não passa despercebida em um ambiente fechado e sem meias palavras, ele é o avesso do que se imagina para um especialista em alta gastronomia. O que chama atenção, no seu caso, é o talento. E ele mostrará, a partir de sexta-feira, às 21h15, no Discovery Home & Health, seu jeito bad boy de ser no programa 200 Graus.

Na série, em formato docu-reality, dividida em 13 episódios, ele mostrará às câmeras como é o cotidiano de um dos principais nomes da gastronomia brasileira. “Para fazer parte da minha equipe tem que ter sangue no olho. Aqui, a chapa está sempre quente”, diz. O público poderá ver seu trabalho entre os restaurantes e bares que têm cardápios sob seus cuidados – Sal Gastronomia, Cão Véio, Admiral’s Place e Jamile – , as gravações do MasterChef, da Band, a banda de hardcore Oitão e a família, da qual faz parte o labrador Granola.

Com o advento dos realities gastronômicos, Fogaça diz que a profissão entrou na modinha, mas tem muita gente boa no mercado, algumas delas na sua equipe. Para ‘manusear as panelas’ é preciso, segundo ele, ter força de vontade. “Muita gente entra na cozinha e não aguenta a pressão, não dura duas semanas. Mas tem muita gente que se abriu para a cozinha. Aquele preconceito de um bom tempo atrás diminuiu muito. Hoje é normal, o cargo de cozinheiro ganhou um glamour. Glamour que na verdade não existe na prática. O prato é bonito, mas o corre-corre aqui dentro não é visto na mesa. Então, muita gente faz o curso e sai se achando o melhor cozinheiro do mundo, mas vê que não é o que gosta quando entra na cozinha.” O que não é o seu caso, obviamente, visto os seus 15 anos de carreira.

No programa será possível ver Fogaça na intimidade, acompanhar sua ‘ronda’ por São Paulo a bordo de sua motocicleta e assistir a como liderar um time de exímios profissionais. O chef também criará novos pratos diante das câmeras, fará selfies com os clientes, conduzirá a reforma do Cão Véio, ensaiará e irá compor músicas com seus colegas do Oitão e, eventualmente, descansará.

E qual a sua ‘receita’ para ser um excelente chef de cozinha? “Dedicação, assim como em toda profissão. É correr atrás de coisas novas para surpreender o cliente e manter o padrão do que já vem dando certo. O cliente tem de comer o mesmo prato sempre que vier aqui. Não pode comer meu atum com um sabor num dia e com outro sabor no outro. Se é o mesmo prato, tem que estar perfeito, padrão 100%.” Entendeu?




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