Daniel renovado

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Vinícius Castelli

 Já são mais de três décadas de estrada ‘construída’ por canções românticas, arranjos de violão e viola, além de muita vontade de seguir adiante, sempre se reinventando, mas sem perder a autenticidade. Paulista de Brotas, o cantor Daniel dá agora vida ao seu 19º disco solo, que leva seu nome (Universal Music, R$ 21,90, em média). O álbum é composto por dez canções e, em todas, está presente um sentimento maior: o amor. Daniel se mostra leve, continua animado e está, talvez, mais popular ainda.

Mas não é só isso. Ele traz, além das novas músicas, outras novidades, a começar pelo fato de ter entrado em estúdio para gravar o disco ‘quase que ao vivo’. “Nunca havia gravado um álbum dessa forma, com a banda inteira no estúdio e valendo! Tivemos alguns poucos convidados presentes no dia, mas é uma sensação diferente cantar músicas inéditas como se fosse um show intimista”, conta ao Diário.

E esse ‘ar orgânico’ faz toda a diferença no resultado final, deixa o trabalho mais autêntico e verdadeiro, sem aquele ‘rosto moldado’. Outra novidade é a escolha pelo produtor Dudu Borges, que já trabalhou com Bruno & Marrone, João Bosco & Vinícius e Luan Santana, entre outros. “O Dudu tem algumas ideias mais modernas e fomos adaptando isso sem perder a minha identidade”, diz o cantor.

Daniel conta que se renovar, mesmo após todo esse tempo de carreira, é algo constante para ele. “Essa motivação para seguir sempre buscando algo novo para mim renasceu após o nascimento das minhas filhas. E, na minha opinião, se reinventar não é mudar radicalmente, não é renegar o passado, nada disso. Apenas buscar um frescor naquilo que a gente faz, para continuar com os mesmos amor e dedicação”, explica.

Daniel participa de todo o processo de seus discos. E com este não foi diferente. “Acho importante cada etapa, é como se a gente estivesse gerando um filho.” Para ele, toda fase de produção é importante, começando pela escolha da capa.

Outra etapa em destaque do processo foi a seleção das músicas que entrariam no disco. Chegaram até ele diversas faixas de vários compositores. “Recebemos muito material, graças a Deus. E é até difícil chegar a uma seleção de dez canções”. Daniel, que não assina nenhuma das composições do álbum, confessa que até tinha coisas escritas, mas se poda um pouco. “Sempre acho que tem coisa melhor e, às vezes, nem mostro”, diz. O álbum também conta com algumas participações especiais, entre elas Luan Santana, César Menotti, Diego, da dupla com Henrique, e Marcos, parceiro de Belutti.

No repertório, Discurso Ensaiado, que abre o disco, tem todos os ingredientes para ser o clássico do trabalho. Direção do Vento caminha comandada pelo som da sanfona. Outra que deve agradar aos fãs é Amores Seletivos, tema que mergulha de cabeça nos relacionamentos. “Acho que o romantismo nunca vai cair de moda, falar de amor é cada vez mais necessário no nosso mundo. Muitas coisas poderiam ser resolvidas com mais amor e com mais respeito ao próximo.”




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