Hardcore furioso e grudento

Envie para um(a) amigo(a) Imprimir Comentar A- A A+

Compartilhe:

Vinícius Castelli

 A evolução é contínua e perceptível. Dois anos após o lançamento de Phoenix, disco de estreia do Statues On Fire, a banda andreense de hardcore dá sequência à sua caminhada e coloca no mercado No Tomorrow (Cold Alone Records, R$ 20, em média).

O show de lançamento será dia 24, no Hangar 110 (Rua Rodolfo Miranda, 110. Tel.: 3229-7442), em São Paulo, ao lado das bandas Letall e Marrero. A casa abre as portas às 19h. As entradas custam de R$ 15 a R$ 20 e podem ser compradas no local ou pelo site www.hangar110.com.br.

Formada por André Alvez (voz e guitarra), Lalo (contrabaixo), Andre Curci (guitarra) e Alex (bateria), veteranos músicos da cena independente, a banda apresenta no trabalho dez composições inéditas e aposta em canções pesadas com refrões melódicos e grudentos, como My Shoes Are Tight e Nowhere Is Always Where I Go. “Trabalhamos os refrões de forma exaustiva, até que eles fiquem perfeitos e grudentos como chiclete”, conta Alvez, ao Diário.

No Tomorrow nasceu durante a excursão de Phoenix, que rendeu, inclusive, duas turnês na Europa ao conjunto. André Alvez conta que as ideias iniciais iam surgindo em sua casa e, durante os ensaios, ele as apresentava ao resto da banda para que trabalhassem juntos.

Algo que é perceptível de imediato no novo disco é o cuidado com gravação, arranjos e produção, que é assinada por Heros Trench e Marcello Pompeu. André Alves conta que, diferentemente do primeiro disco, que tinha data para ser lançado e turnê internacional marcada, em No Tomorrow tudo foi feito com mais calma.

Mais entrosado ainda do que no primeiro trabalho, o Statues On Fire aposta em temas polêmicos no novo disco. “Dá para acreditar em alguma coisa hoje? Relacionamentos virtuais, (Donald) Trump como candidato?”, reflete o artista. Ele conta que, além dos temas políticos, o disco aborda frustrações, amor e desilusão. “A música do clipe Nowhere Is Always Where I Go, por exemplo, aborda como os artistas são tratados anos a fio, não apenas músicos, mas escritores, atores”, diz.

Para os entusiastas do disco de vinil, o título também chega nesse formato pelo selo alemão Rookie Records (R$ 80, em média), além de entrar no mercado norte-americano. “É demais alguém acreditar no seu trabalho. Estamos abrindo uma porta nos Estados Unidos, possivelmente vamos fazer tour por lá para promover o disco.”




Diário do Grande ABC. Copyright © 1991- 2024. Todos os direitos reservados