Projeto Tóquio

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Marcela Munhoz

 Muita gente que acompanhou a cerimônia de encerramento da Olimpíada do Rio de Janeiro ficou com uma vontade danada de estar nos próximos Jogos, no Japão. Em 2020 será a segunda vez que Tóquio vai receber o evento (a primeira foi em 1964) e a cidade já está bem adiantada no quesito estrutura, com arenas prontas e sistema de transporte público extremamente eficiente, sem falar na própria cultura dos japoneses, baseada na limpeza e organização. Tudo isso vai atrair os turistas, mas existem muitos outros motivos para visitar a capital da Terra do Sol Nascente.

A Metrópole de Tóquio fica em Honshu, a maior ilha do arquipélago, e é uma das 47 províncias japonesas. Possui mais de 37 milhões de habitantes e passou por duas grandes reconstruções: após 1923, quando sofreu grande terremoto, e após 1945, consequências da Segunda Guerra Mundial. Também superou recessão no começo de 1990. Hoje é conhecida como um dos polos pulsantes do mundo, além de receber e exercer influência global em todas as áreas, especialmente na cultura. Por causa das reconstruções também consegue unir o antigo e tradicional ao moderno e futurístico na arquitetura. É por essas e outras que o turista tem a sensação de que Tóquio possui centenas de cidades diferentes dentro de apenas uma.

A diversidade inexplicável de lá é uma das coisas que mais deixam os visitantes de queixo caído. “Tóquio é maravilhosa. Tem muita tecnologia e etnias, realmente incrível. Tudo é divertido”, analisa Katia Okumura dos Santos, 37 ano, empresária da área da beleza que nasceu em Santo André e mora há 13 anos no Japão. Ainda sobre a sede da Olimpíada de 2020, Katia aponta para a enorme variedade de bons restaurantes, shoppings e um transporte público inacreditável que faz chegar de um lugar a outro “num piscar de olhos”. Segundo ela, não compensa carro de jeito nenhum. “A culinária japonesa ganhou espaço de uns anos pra cá e tem muita loja de lembrancinhas bem baratas. Muitas coisas ficam fora da vitrine, pois a honestidade aqui fala mais alto e ninguém pega nada”, emenda. Ela também ressalta a beleza do lugar. “Tem árvores lindas e enfeites em perfeito estado a cada esquina. Logo de cara amei a segurança, limpeza e honestidade dos japoneses”.

Por outro lado, a empresária aponta para os altos preços em Tóquio. “É melhor vir com o bolso preparado, é tudo caro mesmo. Qualquer hotelzinho não se paga menos de R$ 250 a diária.” Mesmo assim e apesar das intermináveis 24 horas no avião, Katia recomenda economizar para ver os Jogos de perto,. “Será experiência maravilhosa. Além disso, os japoneses ficam empolgados com os esportes e adoraram o que assistiram no Rio. Estamos mais do que preparados para fazer um grande espetáculo. Os japoneses são muito detalhistas e perfeccionistas realmente”, conclui a brasileira, mãe de três filhos e casada com nissei, filho de japonês também nascido no Brasil.




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