Peça reflete sobre as conquistas da mulher

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Miriam Gimenes

August Strindberg (1849-1912), dramaturgo sueco, criou A Mais Forte em 1889 e retratou, no monólogo, o encontro entre duas mulheres que têm um homem em comum: trata-se da ‘oficial’ e a amante. Tomando como base essa história, foi escrito o espetáculo Senhora X, Senhorita Y, com direção-geral e dramaturgia de Silvana Garcia, de São Caetano, e que é apresentado na Oficina Oswald de Andrade, em São Paulo.

A montagem, interpretada pelas atrizes Ana Paula Lopez, Sol Faganello e a performer sonora Camila Couto, se debruça sobre alguns dos papéis que a mulher desempenha na sociedade contemporânea. O desenrolar acontece no encontro dessas duas ‘senhoras’, em uma casa de chá, que passam a confrontar suas vidas. “O texto de Strindberg revelava um pouco a sua época. Ele era misógino, tinha certa dificuldade de entender os avanços feministas que estavam ocorrendo e é exatamente destas contradições que começamos a construir a peça”, adianta Silvana.

Embora o texto inicial seja um monólogo, a segunda personagem, no caso a amante, ganha voz nesta montagem. “Nossa perspectiva é da mulher de hoje, que está lutando pela sua autonomia, igualdade de direitos, portanto, é uma peça com viés feminista, com questões que foram sendo desencadeadas e nos afastaram do texto dele”, completa a diretora. Trata-se, portanto, de uma paráfrase do texto sueco e a sua intenção é trazê-la para o Grande ABC.

Senhora X, Senhorita Y – Teatro. Oficina Cultural Oswald de Andrade – Rua Três Rios, 363, em São Paulo. Até dia 29, quinta e sexta, às 20h e, aos sábados, às 18h. Gratuito (ingressos distribuídos com uma hora de antecedência).  




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